domingo, 24 de junho de 2012

Não tem lugar pra você



Era um banco. Ou poltrona, nem lembro.
Cinema ou ônibus, avião, consultório de dentista. Nem importa.
Sentei e fiquei sentada. Fui porque tinha que ir mesmo. Eu tinha que ir e fui e estava ali sentada.
“Posso me sentar?”, ouvi bem de perto.
Nem olhei. Continuei no meu silêncio quebrado com a doçura da minha própria voz: “Não tem lugar pra você.”
E continuei. Feliz da vida.

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